quinta-feira, abril 29, 2010


Um Ser de Outro Planeta

0
Invadimos a natureza,
Deixou-nos preocupados,
O planeta virou um podre lixo,
E ninguém quis saber de nada,
Anos e anos se passam,
E as pessoas se divertindo na água,
Anos e anos se passam, e não é mesma árvore,
Anos, anos se passam, e morremos na estrada.

[ Cíntia Mara da Silva ]

segunda-feira, abril 19, 2010


O Tempo Roendo Nossa Madeira

0
O azul celeste na cor de um lápis,
Embranquecendo, se tornando inútil,
Quebrando-se com sua madeira fraca,
A cada minuto o vento leva o pó,
Que desfarela, sem ver que o tempo passa,
Junto aos grãos de areias, movidas pelos ventos,
Das memórias guardadas pelas águas,
Que o mar carrega silenciosamente.


[ Cíntia Mara da Silva ]

sábado, abril 17, 2010


Rio de Lagrimas

0
O rio junto ao lago
que secou,
o riacho
invisíveis leitos
do vento,
que o evaporou
em outros ares,
o mar salgando
minhas lagrimas,
enchendo meu peito
de saudades,
de rio, lago e riacho.
- Olhe o que fiz
com as lagrimas!
- Um rio
que havia secado.
-Um lago
que não havia
mais nada.
- Um riacho
gigantesco,
de mil estrelas abandonadas.
Mas agora é salgada,
quanto doce
minha alma,
quanto doce
era o rio
que secou.


[ Cíntia Mara da Silva ]

quinta-feira, abril 08, 2010


Frio Isolado

0
O frio gelado em meu rosto,
a noite lavando as estrelas
como quem cobre o azul do seu dia,
na causada escura, desértica em seu abandono,
escondendo algo misterioso sombrio em sua face,
nivelando o dia que se abre a mim,
e escutado com os olhos,
invertendo com o brilho de cada estrela que foi embora,
e essa escuridão que deixou a noite chegar,
avistou o horizonte do outro lado do mar,
correndo futuramente no tempo dançar,
vagando pelo espaço vazio em cachoeiras bebidas pelos ventos,
o nada imaginar desenhos passados vividos no futuro,
e nem uma flor de rosas vermelha,
o dia voltara a ter o sol,
de todas as manhãs clarearem,
e sempre que tiver com frio
levante, caminhe de olhos fechados.

[ Cíntia Mara da Silva ]

quarta-feira, abril 07, 2010


O Ser

1
Apenas sonhando ao mesmo tempo pensando,
Apenas dizendo palavras ligadas a um único ser,
O do existir, a de sentir, a de falar, a de viver.

[ Cíntia Mara da Silva ]

sexta-feira, abril 02, 2010


Sorrir Sem Motivo pra Chorar

1
A minha árvore é de palmeira,
A minha vida é de trilhas sem fronteira.

E orbito a estrela lua, a estrela lua, a estrela celeste,
E a lua em seus perfeitos versos,
_Sorri margaridas!

Lá fora e dentro esta a lua, está o verso,
E minha canção na varada pendura.

E orbito a terra girando, a terra girando, a terra voando,
E a terra caindo no universo estragando,
_Sorri margaridas!

De cima surge a terra trincada, a terra alegando,
E a canção fica triste, a todos que sobrevivem nela.

E orbito minha vida, minha vida, minha mente,
Queria ter nascido coelho, queria ter nascido flor,
Menos o ser humano,
_Sorri, Sorri margaridas!

E nada infelizmente acontece do jeito que planejamos.

[ Cintia Mara da Silva ]